Fossas: Um problema a ser resolvido.

25/02/2012 16:38

  Enquanto aguardamos a tão esperada rede de esgoto,se faz necessário que tenhamos o devido cuidado com nossas fossas sépticas.
De forma geral, as fossas sépticas são um sistema de esgotamento sanitário constituído por uma fossa,um filtro e um sumidouro e,não obrigatoriamente,de um clorador.

  Quando o sistema é utilizado com frequência diária e constante,desde que dimensionado corretamente,não costuma apresentar problemas. Contudo,e este é o grande problema no Mar Verde,a grande maioria das residências não tem esta frequência necessária. Com o uso frequente das fossas,o sistema,que funciona através da digestão anaeróbia (sem a presença do oxigênio),não apresenta problemas já que,a colônia de bactérias,necessárias para esta digestão,encontra-se ativa e possibilita o perfeito funcionamento do sistema,fazendo que os efluentes restantes penetrem no solo através do sumidouro,necessitando,quando muito,de uma limpeza através dos caminhões limpa-fossa,raras vezes.

  Como a grande maioria não tem esta frequência necessária,o sistema deixa de funcionar.As colônias de bactéria morrem,ou diminuem drasticamente,impossibilitando o processo de digestão e,com isso,"entupindo" as fossas que,acabam tornando-se um mero reservatório de esgotos que facilmente tranbordam.

  Pois bem,este é um problema de difícil solução já que,somente o uso constante poderia resolver. No entanto,podemos amenizá-lo.

  Agora,aquilo que não era obrigatório,passa a ser: O clorador.
A cloração de efluente sanitário é uma maneira simples e de baixo custo para promover a eliminação, quase que total, dos agentes poluidores residuais provenientes do Filtro Anaeróbio.

O cloro é um poderoso agente oxidante que reagirá com os compostos orgânicos presentes no efluente, tendo inclusive excelente ação sobre agentes patogênicos.

O Clorador, ou Caixa de Cloração, é composto por um dispositivo de entrada, provido de itens como tela, rede ou placa perfurada, onde são colocadas pastilhas de cloro (hipoclorito de cálcio ou sódio), tipicamente utilizadas em piscinas, e um reservatório.

Ao passar pelas pastilhas, o líquido recebe uma carga de cloro e segue para o reservatório. Este deve reter o líquido por pelo menos 30 minutos para que a reação de oxidação aconteça.

Periodicamente deve-se verificar se as pastilhas ainda estão presentes no dispositivo de entrada, e repor a carga, se necessário.

As conexões de entrada e saída do Clorador, assim como o dispositivo de entrada, são em PVC padrão 100 mm.

 

  Diferentemente do que ococrre em algumas residências,nunca deve-se colocar cloro diretamente na fossa,se isto vier a ocorrer,a colônia de bactérias morrerá e,com isso o sistema não funcionará.

  Outra medida que pode ajudar na manutenção do sistema é evitar jogar a água de chuveiros,máquinas de lavar roupa,ou qualquer outra que contenha sabão ou agentes desinfetantes diretamente na fossa. Este tipo de água deve ser direcionada diretamente para o sumidouro.

   Também existem produtos,vendidos em lojas de material para construção,que tem a finalidade de acelerar e potencializar este processo de criação da colônia de bactérias. Uma rápida pesquisa na internet indicou um produto com o nome de ENZILIMP,vendido em embalagens pequenas de 150 e 500 gramas. Quem se habilitar a fazer a experiência ,ou que já tenha feito,poderá colocar um comentário que nos encarregaremos de publicar

  Estas providências são de baixo custo e de fácil execução e,se todos colaborarem,teremos um Mar Verde melhor.